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OUTRA PRODUÇÃO BIBLIOGRÁFICA - POESIA

Poesia do Facebook

Belém, 8 de junho de 2023

Vila de Beja

Vila de Beja
Beja e Maratuíra
se beijam
com volúpia
de amantes.
Outrora
Rio Meruú
corria veloz
no leito
às margens
da Vila de Beja,
Antigamente Samaúma,
Hoje, Beja
das ondas fortes,
que batem na orla
para a alegria dos
banhistas
e apreciadores
das águas doces.

Vila de Beja
doçura
na alegria do dia,
pessoas rindo,
comendo,
bebendo
e o Rio Maratuíra brilha
ao sol.
Linda paisagem
na memória
O Rio Meruú
no leito
veloz
da praia fluvial
onde banhistas
se jogam água
numa alegria
de Praia de água doce
refrescando o corpo
e a vida.

No leito da Baia do Capim,
No leito do Rio Maratuíra
afluente do Rio Tocantins
às margens
a Praia de Beja,
em Abaeté
Terra de "Homem forte e valente"
Nossos ancestrais
"Homem verdadeiro"
Do Rio Meruú.

O Rio Maratuíra
deságua
em outros Rios,
se Irmanando
com a Natureza,
correndo
veloz,
trazendo
lembranças
da beleza desse
lindo dia
da Praia de Beja,
dissipando as tristezas,
as dores
Do Dia de Ontem.

(Fatima Nascimento)

Belém, 3 de junho de 2023

Brincadeira
Para Emmanuel Lam

As
Pipas
Coloridas
Voam
Ondulantes
No
Céu
Azul
Da
Tarde
De
Domingo
No
Campo
De
Futebol

As
Pipas
Coloridas
Fazem
Zig
Zag
Giram
No
Céu
Azul
Para lá
Para cá

Os
Barbantes
De
Algodão
Soltos
Nas
Mãos
Das
Crianças
Impõem
O
Jogo
Da
Dança
Da
Graça
Da
Beleza
Do
Espetáculo
Das
Pipas
Coloridas
Voando
No
Céu
Azul

As
Pipas
Coloridas
Descem
Sobem
Para lá
Para cá
Num frenesi
De
Risos
Alegres
Das
Crianças
Que
Correm
Como
Estrelas
No
Céu
Azul
Voando
Mais
Alto

Ameaça
Chover
Pais
Preocupados
As
Crianças
Brincam
Não
Se
Importam
Para
Elas
A
Vida
Está
Ali.

(Fatima Nascimento)

Belém, 28 de maio de 2023

INSPIRAÇÃO (2)

Leio Drummond
De Alguma Poesia
Numa manhã de domingo
Na nossa Belém de cada dia
O Sol quente
As Chuvas se despedem
Os termômetros anunciam
A Crise Climática
Que instaura o êxodo humano.

A última estrofe
do poema "Europa, França e Bahia"
Fez-me pensar:
na Amazônia,
na Temperatura alta,
no desmatamento,
nas queimadas,
na Seca,
nas inundações,
na fome,
na volta do El Niño.

A última estrofe
do poema "Europa, França e Bahia"
Fez-me pensar:
na Fumaça,
no Agrotóxico,
no envenenamento dos Rios
no envenenamento da Terra
na morte dos Peixes
no Êxodo Climático
no fluxo Migratório
na morte do Homem.

A última estrofe
do poema "Europa, França e Bahia"
Fez-me Sonhar:
Com os Rios,
Com os Peixes,
Com as Flores,
Com as Árvores,
Com os Pássaros,
Com a Floresta em pé,
Com a permanência dos povos na floresta,
Com as Aves.
Cadê os brasileiros?
Cadê Gonçalves Dias?
Cadê o Sabiá?

(Fatima Nascimento)

Belém, 21 de maio de 2023

AMAZÔNIA (3)

A Amazônia
O Brasil
Colônia
Do Pau Brasil
Das Entradas
Das Bandeiras
Da Ambição predatória
Da Escravização
Das Pedrarias
Do Ouro
Da Prata
Do Diamante
Das Esmeraldas
Da Degradação
Do Homem
Da Natureza.

A Amazônia
O Brasil
Colônia
Do Algodão
Do Açúcar
Da Cana
Do Cacau
Do Café
Dos Barões do Café
Da Miséria Humana
Da Devastação
Da Natureza
Do Homem.

A Amazônia
O Brasil
Colônia
Do Látex
Da Borracha
Dos Seringais
Da Castanha
Dos Castanhais
Dos Cacauais
Do Gado
Do Capim
Da Destruição
Do Homem
Da Natureza.

A Amazônia
O Brasil
Colônia
Das Terras Indígenas
Onde Homens Matam
Por Terra
Por Madeira
Por Soja
Por ouro
O Brasil
Da Justiça Tardia
Dos Mortos em Conflitos
Dos Donos do Poder
Da Injustiça.

A Amazônia
O Brasil
Dos Nativos
Dos Originários
Dos brasileiros
Que preservam
As Florestas
As Chuvas
Os Rios, os Furos, os Lagos
Os Igarapés, as Águas Infindas
Turvas ou Transparentes
Tudo que Enriquece
Os Homens que matam a Natureza e os Povos
da Amazônia.

(Fatima Nascimento)

Belém, 7 de maio de 2023

Ressaca

Ressaca de ondas
furacões
e águas
em si mesmos
devastam
caminhos
e vidas.
Ressaca de ondas
furacões
e águas
em mim
violentam
sonhos
antigos
com ímpetos
de ventania.

Ressaca de ondas
furacões
águas
e homens
acorrentados
aguardando
o calor de um Sol
distante.

Homens
e estragos
na reconstrução
interminável
do mar
o mar agitado
alimenta
a forte cadeia

Elos entrelaçados
de furacões
águas
e aflições
desesperos
de quem habita a caverna.

(Fatima Nascimento)

Belém, 4 de novembro de 2022

DEMOCRACIA

O povo contente
Com a nova mudança
Tendo esperança
Na DEMOCRACIA
"Meninos, eu vi!"

Ditador Sanguinário
Querendo mudança
Antidemocrática
Não respeitando o povo
Em sua pujança
Que tem esperança
Na DEMOCRACIA
"Meninos, eu vi!"

Ditador Sanguinário
Fechando caminhos
Com fascistas armados
Pessoas infames
Insultando
Desrespeitando a Lei
"Meninos, eu vi!"

Ditador Sanguinário
Arruinou muitas VIDAS
Foi contra a EDUCAÇÃO
contra a CIÊNCIA
contra a SAÚDE
contra as FAMÍLIAS
contra o AMOR
"Meninos, eu vi!"

Ditador Sanguinário
Foi contra professores
contra estudantes
contra jornalistas
contra trabalhadores
contra o bem-estar do povo
contra a segurança
"Meninos, eu vi!"

Ditador Sanguinário
Desrespeitou o povo
Todas as minorias
Por anos a fio
A antidemocracia imperou
Trazendo privações, sofrimento e dor
"Meninos, eu vi!"
Ditador Sanguinário,
Vil, que dança e faz festas
E pouco trabalha
Não se importando com a natureza
Nem com as MORTES da COVID-19
Nem com a DOR de quem perde seus entes
"Meninos, eu vi!"

Ditador Sanguinário
Não se importa com a FOME
das CRIANÇAS
das MULHERES
dos IDOSOS
dos HOMENS
Quer ARMAS
Quer GUERRA CIVIL
"Meninos, eu vi!"

O povo democrático
Sofreu e chorou
Quer PAZ, AMOR, ESPERANÇA
Quer um mundo Feliz
Para todos
Sem trapaças
Sem INJÚRIAS
Sem dor.

O povo contente
Com a nova mudança
Tendo esperança
Na democracia
"Meninos, eu vi!"

(Fatima Nascimento)

Belém, 9 de outubro de 2022

CÍRIO DE NAZARÉ EM BELÉM DO PARÁ

O Círio de
Nossa Senhora de Nazaré
Em Belém do Pará!
É 2022!
O Pará em festa
Belém em festa...
Todos reunidos
Após a pandemia da Covid-19
Que ceifou milhares de vidas.
O povo nas ruas
Agradece e pede e reza e canta...

O povo reza nas ruas de Belém
E cidades vizinhas...
O povo quer paz
Quer saúde
Quer emprego
Quer casa
Quer comida
E agradece e pede e reza e canta...

É festa
Religiosa
Em Belém do Pará!
O povo paga promessas!
O povo caminha...
Caminham
Mulheres, homens, cunhantãs e curumins
Todos
Devotos reunidos, agradecendo e pedindo...
São todos
Sobreviventes da Covid-19
O povo, em festa, caminha
E agradece e pede e reza e canta...

O povo pede saúde e paz, emprego e comida,
Comidas do Círio: maniçoba, pato no tucupi, camusquim e vatapá.
Todos reunidos na mesma comunhão,
Agradecendo, pedindo, rezando e cantando...

Eis que chega o fariseu
Brincando com a fé
Do povo que se reúne
Para agradecer, pedir, rezar e cantar...
Em terra
Nas águas dos rios
No ar...

O povo pede bênçãos
O céu brilha iluminado
E a festa religiosa do povo cala o
Fariseu...
Que chega sem avisar e quer entrar na festa
Do povo,
Que rezava nas ruas, pedindo saúde e paz...
O povo quer mudança...
O fariseu calado vai-se embora sem tocar na Santa
Nem no povo, que rezava, agradecendo à Santa
E pedindo saúde e paz, emprego e comida...
Mas o fariseu não sabe o que é festa religiosa
O fariseu é um hipócrita,
O fariseu não entende o bem-estar das pessoas
Nem o Círio de Belém do Pará
Nem o sofrimento de um povo...

(Fatima Nascimento)

25/06/2022

EDUCAÇÃO

ESTADO de Educação
Verba minguada
Valor limitado
Calculado
Marcado
A ferro e fogo

ESTADO de Educação
Base
Formação
Cidadania
Solidariedade
Liberdade...
Afeição

ESTADO de Educação
Dever do Estado
Dever da Família
Dever da Sociedade
Mais Educação...
Todos contra o assalto à Educação
Queremos
Humanização
Transformação
Inclusão
Cultura
Alegria
Comunhão...

ESTADO de Educação
Queremos uma Educação
Sem fila
Sem trapaça
Sem evasão
Sem invasão
Sem temer
As falhas
Dos hipócritas...
Vamos falar sempre
"Fora os que algarismam os amanhãs!"

(Fatima Nascimento)

17/06/2022

AMAZÔNIA ENLUTADA
Para Bruno Pereira e Dom Philips
Um minuto de Silêncio...
Não.
Vários minutos de Silêncio
Pelos mortos em emboscada
Na Amazônia
Não nos aguentamos em Pé,
A Dor insuportável
Assola a todos nós.
Aqui
É tempo de reflexão
Pela Tragédia em curso
Contra a Amazônia.
É tempo de pensar
No Amor
De todos que se foram
E no Amor dos que ficaram
Enlutados...
Indignados...
Revoltados...
Contra a violência
Contra os crimes brutais
Contra tamanha crueldade...
Queremos Justiça
Queremos Correção
Queremos a aplicação da Lei
Punição para
Os carniceiros,
Os sanguinários,
Que matam
A Floresta, os Rios, os Furos, os Igarapés,
A Terra,
A Natureza.
Os Homens...
Por motivos torpes
Pelo vil metal
Pela fraude
Ardilosa
Com derramamento de sangue nas margens
Das Estradas e Rios...
Nas Águas que servem
de túmulos
para os que lutam pela Liberdade...
Pelos povos da Floresta
Pela Vida...
Mas os perversos
Engendram na calada do dia
Rios de sangue que correm
Com o desdém
Dos poderosos que saqueiam a Amazônia.
(Fatima Nascimento)

12/06/2022

A volta
Voltei depois de anos
Enlutada
Envergonhada
Coração entristecido
Pelas mortes que não consegui contar
Pelo choro que não consegui chorar
Engasgada
Pelo descaso que vi
Na trama
Tão profundamente urdida
Que me desconheci...
Meu coração parou,,,
Todavia, um fio de Sol surgiu
E eu volto
Agora...
Com a poesia
O tempo é de mudança,
Volto com o poeta Carlos Drummond de Andrade
Que segurou a minha mão
Ajudando-me a caminhar...
De Novo
Estou aqui
Vendo e revivendo
as agruras da vida que passamos
Contudo, suas palavras me consolam
Choro...
Porém ele me diz:
"O presente é tão grande, não nos afastemos
Não nos afastemos muito, vamos de mãos
dadas".
Digo:
Vamos todos juntos "de mãos dadas"...
(Fatima Nascimento)

Belém, 11 de agosto de 2019

ARMAÇÃO
Arma-se o conluio
Da prisão
Da reclusão
Enfática
Todos juntos
Presos
Com um preso
Periculoso
Que se insurgiu
Perigosamente
Contra
A miséria e a fome.

Arma-se o conluio
Do espetáculo
De holofotes
Acesos
Que maculam a DEMOCRACIA
Querendo mortes
Com Motins
E ameaças sórdidas
À vida de todos.

Arma-se o conluio
Vinga-se
De um ser humano
Que sofre
O desdém
Da justiça
Com injustas penas
A passos lentos
Arrogantes
E sórdidas ameaças.

Arma-se o conluio
Sem isenção
Arma-se parte
Do povo
Que
Na desfaçatez
De desentendido
Finge
Boas ações.

MAS, PORÉM, EXISTE O TODAVIA...

Inventa-se
Nesse turbilhão de insensatez
A vanguarda
Que canta
A Poesia
Da vida
Das Flores
Dos Direitos humanos
Dos direitos dos homens
Dos Livros
Da Ciência
Do dia a dia
Do Sol
Que ainda brilha no horizonte
Para todos os homens
Com inclusão
Juntos
"Livre (s) de armação"
Para
Caminhar
Neste Agora.
(Fatima Nascimento)

Belém, 4 de agosto de 2019

O MASSACRE
A palavra MASSACRE
Fere o homem
Fere a palavra
Remissão!
Fere os homens
Fere o direito dos homens
Fere a individualidade do homem
Fere a coletividade humana!

A palavra MASSACRE
Fere os homens
Fere a palavra
Perdão!
Fere a justiça
Fere os governos
Fere a União
Fere os seres humanos!

A palavra MASSACRE
Fere os homens
Fere a palavra
Libertação!
Fere os homens
Que sem pejo
Gritam
A ignomínia
Pena de Morte!
Essas palavras ferem todos os homens!

Dizei não ao MASSACRE
Este de 58 mortos
Este de 62 mortes
Este de outros tantos mortos
Este de 1 morto
Dizei não, não
À Pena de Morte!
À permissão
Do Opróbrio
Da Humilhação
Da Desgraça
Do Escárnio
Ao massacre de rotina
Ao massacre dos homens!
Não... não... não...

Dizei não ao MASSACRE
Dizei não à morte
Não, não
À Pena de Morte!
Dizei não à violência
À matança de homens
À chacina de homens
Ao assassinato brutal de homens
Dizei não à Pena de morte
Dos homens
Dizei não, não...
Dizei não à justiça com as próprias
Mãos carcomidas
De ódio.

Dizei não à palavra MASSACRE
À Pena de morte
Ao Horror das mortes...
Não e Não...
Ao assassinato coletivo
Ao assassinato de um
Todos juntos
Com os homens
Na Alta
Vigilância
Mira
Contra essa indignidade humana.
(Fatima Nascimento)

Belém, 21 de julho de 2019

REPÚDIO AO RACISMO
Eu repudio o presidente do Brasil!
Eu esconjuro o presidente do Brasil!
Onde já se viu
Nos chamar de paraíbas
De forma pejorativa,
Manchando a nossa Constituição.
Para que tanto descalabro
Com o povo desta Nação
Se ele ganhou para governar
Mas quer dar o pão para poucos
Por isso não merece consideração.

Eu repudio o presidente do Brasil!
Eu esconjuro o presidente do Brasil!
Onde já se viu discriminar
O Nordeste do Brasil!

Abaixo o racismo!
Querem nos negar o pão
A escola, a saúde, a segurança, a união...
Não pode ser assim...
Todos os que têm tino
Precisam apoiar o nosso governador
Flávio Dino, que governa o Maranhão
E que, segundo o tal presidente,
Vai ficar sem nenhum tostão!

Eu repudio o presidente do Brasil!
Eu esconjuro o presidente do Brasil!
Com sua perversidade, racismo e falta de noção
Onde já se viu discriminar
O Nordeste do Brasil!

Que coisa mais ridícula
Um presidente a falar
Tantas bobagens num dia
Para o povo se inflamar
Mas todos veem e sabem
Que ele sempre se comporta
Como se tivesse a sua casa a governar
Se esquecendo que o Brasil
Ele tem que respeitar
Eu repudio o presidente do Brasil!
Eu esconjuro o presidente do Brasil!
Onde já se viu
Discriminar o Nordeste do Brasil!

Chamemos o "boca do inverno"
Para nos ajudar nesta ação
Com sua língua feroz,
Não calemos! Não calemos!
Repudio, esconjuro toda a vida
Estas boçalidades deste Presidente sem noção
Eu repudio o presidente do Brasil!
Eu esconjuro o presidente do Brasil!
Onde já se viu discriminar
O Nordeste do Brasil!

Gregório de Matos Guerra,
Poeta vindo da Bahia
Não se calou em um tempo
De bastante covardia.
Também não nos calemos
Com todas estas baixarias.
Eu repudio o presidente do Brasil!
Eu esconjuro o presidente do Brasil!
Onde já se viu discriminar
O Nordeste do Brasil!

Por isso fiquem atentos
Ele quer nos massacrar
Mas estamos aqui
E a INTELIGÊNCIA
Vai nos salvar!
Salvar o Brasil
Que vai de mal a pior
Com um presidente destes
Que quer governar só,
Com seus impropérios,
Achando que vamos nos calar.
Eu repudio o presidente do Brasil!
Eu esconjuro o presidente do Brasil!
Onde já se viu
Discriminar o Nordeste do Brasil!

Vamos juntos trabalhar
Para mudar o Brasil
Fomos nós desde o início
Que não queríamos isto,
Para a nossa Região...
Nem para a nossa grande Nação.

Os INTELIGENTES sabiam
Que ele queria
Violência, armas e guerra
Mas muitas pessoas
Não entenderam a lição
Agora vivem agruras
Vivendo nesta condição
Sem saúde, sem remédio,
Sem Escola, sem segurança,
Sem paz,
Sem futuro.

Sem PREVIDÊNCIA
Com xingamentos infames
Que temos de ouvir
Deste presidente sem EDUCAÇÃO.
Mas não vamos nos calar
Vamos mudar
O rumo da nossa Nação
Queremos um Brasil Livre
Desta CONSPURCAÇÃO.
(Fatima Nascimento)

Belém, 07 de julho de 2019

Saudade
A João Gilberto

João Gilberto
Na Música
Bossa Nova
Concebeu
Novo
Jeito
De viver
A vida
Num canto desafinado
Para o mundo.

A Bossa...
A Nova
Música...
Desafinada
No Tom
No Som
Na Melodia...
Na Poesia
Vive.

Vida
Dissonante...
Água
Doce
Na celebração
Da Beleza
Do Mar,
Do Amor...
Da mulher...

Música para os corações ardentes,
Vibrantes,
Que cantaram
E cantam
Estes Cantos
Para ouvidos
Afinados...

Num desafio de viver
Permanece
Nos olhos, nos ouvidos, no mar, na beleza da vida
No amor que renasce
Na vida que brota e corre sem parar
Cantando
Desafinada
A Canção
Da Saudade
De um grande Amor
Maior que
Mar...
Fatima Nascimento

Belém, 30 de junho de 2019

Inspiração
Eu te chamo...
Acalentas
com uma música suave o meu sono
Este corpo que sofre
Este coração cheio que chora
Mas quer viver
e te dar
um abraço de consolo
Por dias amargos que também passas.

Eu te chamo...
e te afastas de mim
como o Rio
que segue o seu curso
sem paragem
Mas
Nos Portos deixa a marca
Do canto
Nas ondas
Do vento suave que não para o Rio...

Cantas para mim
Uma canção de Amor
Já que as Tragédias
Agora
Se impõem
Para ti e para mim como os furacões
Que desolam cidades
E deixam o rastro
Da morte.
Fatima Nascimento

Belém, 23 de junho de 2019

O Vírus
Vazamento público
Vil
Violações de direito
De outrora
Virando
Vírus
Nos corpos
Inflamados
Da justiça.

Vazamento privado
Da Justiça
Medeia
Conluio
Cruelmente
Armado
No whatsApp
Na justiça
Dos holofotes
Dos site, blog, twitter, youtuber, instagram,
Mídias e companhia ilimitada...
Violam direitos
Escondem
A corrupção daqueles que corrompem
O direito
Daqueles poucos
Que queriam
A verdade.

Vazamentos públicos
Privados
Das órbitas oculares
Dos adversários
Que não viam os fatos
Encobertos
Por Sete Capas
Por juízes da lei
Que queriam a aplicação da Força da Lei para os inimigos!
Fatima Nascimento

Belém, 16 de junho de 2019

Lavagem
Lava a varanda
Lava as paredes
Lava a sala
Lava a cozinha
Lava o quintal
Lava o chão
Lava a casa.

Lava o banheiro...
Não te esquece de
Lavar o quarto
Bem lavado.
É nele que escondes
Os momentos
De intimidade.
Cuida desse momento
Para não vir a escandalizar
Os teus,
Que te têm em altas contas
E crédito.

Lava os dedos,
Que te colocam
No topo do mundo,
Mas também
Te derrubam
Nas profundezas
Dos abismos.

Agora
Lava os pés
E cura as feridas
Daquele que injuriaste
E traíste
Na calada da noite,
Quando todos dormiam
Numa alcova
Que parecia
Fechada,
Mas estava aberta
Como
Um campo
Descampado
Olhando
O horizonte.
Fatima Nascimento

Belém, 9 de junho de 2019

O REI ESTÁ NU!
O rei nu
Desprovido de vestimenta
Anda solto
Excitado...
Olhem o Desatino do rei nu
Gritam: mulheres e homens
Abalando seus súditos
Perplexos
Que tremem na base.

Outros gritam
Vistam o Rei
Acordem o Rei
Parem o Rei
Mas o Rei nu
Não para...
Atônito em seu reinado
Caminha de um lado para outro
Vociferando...
querendo Guerra
e Morte
Dos súditos!

Olhem o Desvario do rei
Gritam as mulheres
Mediquem o Rei nu
Antes que nós todas sejamos mortas
Antes que nós todos sejamos mortos
Mas ninguém as ouvem
E o Rei nu caminha solto
Na sua Insânia,
De um lado para outro
Corre...
Nu... nu...

Querendo coisas novas para o reinado
Cria moeda
Para seus súditos
Os que sobraram das mortes perpetradas pelo Rei nu
Alguém pergunta:
É de ouro? É de prata?
Não se sabe.
Sabe-se apenas o nome:
"PELADONA".

É mulher?
Não. Não!
No mundo do Rei nu e dos homens
Que compram e vendem
Dinheiro
O Dinheiro
É a moeda
De troca
das mulheres, dos homens, da natureza,
pelo dinheiro
que multiplica a fome
de dinheiro Infame do Rei nu
e dos homens
que cometem injustiças.
Fatima Nascimento

Belém, 31 de maio de 2019

Amazônia
Para Juciane
A Amazônia
Não é minha
Nem tua
É de todos nós
Importa
O que disseram
Ou dizem
Importa
A sua presença
Em mim
Em ti
Em nós
Esta memória
De afeto, alegrias e descaso
Do passado
Do Presente
Do Futuro
Do coração verde
Que nasce
E descobre
Que ela é a nossa
Narrativa
De suor e sangue derramados
Sendo construída
Por todos
A cada
Dia.
Fatima Nascimento

Belém, 26 de maio de 2019

Harvard Cobiçada
Harvard Sonhada
Nos currículos
De quem não estuda
Dormindo ou acordados
Os Doutores e Mestres Sonhadores do Brasil
ambicionam Harvard
E se esquecem
Que Harvard de Cambridge
A Universidade
Americana
É para aqueles que gostam de
Livros
E põem as mãos na massa
E deveriam com afeto
Pensar...
A melhor forma de vida para os homens na terra
Sem Armas em punho
Ou falso testemunho
Que degradam os seres humanos.
Fatima Nascimento

Belém, 21 de maio de 2019

CONTRA A LIBERAÇÃO DAS ARMAS
"VIOLÊNCIA
GERA
VIOLÊNCIA"
EXPRESSÃO ANTIGA
QUE NÃO DEVEMOS ESQUECER
CONTRA O DECRETO DAS ARMAS
CONTRA O DECRETO DAS ARMAS
CONTRA O DECRETO DAS ARMAS
ETERNAMENTE CONTRA OS FUZIS LIBERADOS PARA
MATAR.
Fatima Nascimento

Belém, 5 de maio de 2019

A Lógica da Educação
O Imbecil é sem Educação
O Idiota é sem Educação.
Sem Educação é o Ignorante
Sem Educação é o Tolo.
O Bobo é sem Educação
O Tonto é sem Educação.
Sem Educação é o Abestado
Sem Educação é o Néscio.
O Rude é sem Educação
O Leso é sem Educação.
Sem Educação é o Boboca
Sem EDUCAÇÃO é o Insolente.
O Destrambelhado é sem Educação
O Bronco é sem Educação
Sem Educação é o Abobado
Sem EDUCAÇÃO é o Tosco.
O Grosseiro é sem Educação
O INSENSÍVEL é sem Educação
Sem Educação é o Bocó
Sem EDUCAÇÃO é o Abestalhado.
É sem EDUCAÇÃO "em estado de dicionário"
O Energúmeno, o Pateta, o Inepto, o Boçal, o Tapado, o Bobalhão, o Palerma, o Paspalhão, o Basbaque, o Desequilibrado, o Amalucado, o Babão, o Desatinado, o Incapaz, o Inculto, o Furioso, o Violento e o Fanático.
É sem Educação o Estúpido
Que não SABE que a
EDUCAÇÃO nas UNIVERSIDADES
É que garante o DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
De um
PAÍS.
Fatima Nascimento

Belém, 29 de abril de 2019

A NAU
Nau à deriva
No balanço das águas
Solta ao vento
Tormenta...
Todos sem rumo
Sucumbem
A cada dia.
Nau! Oh Nau!
Sem porto de chegada
Segue à deriva
Com vozes virtuais
Gritando...
É tempo de Colonização...
É tempo de destruição...
Matem as Moemas!
Lembram da Moema?
Que Amou o "Traidor"
"Bárbaro", "tigre e não homem…"
Porque "INFAME" e "CRUEL"...
Causou a Morte!
Fatima Nascimento

Belém, 31 de março de 2019

ABOMINOSA
GENTE,
SOU CONTRA A DITADURA MILITAR.

GENTE,
HOUVE A DITADURA MILITAR NO BRASIL.

GENTE,
A DITADURA MILITAR NO BRASIL TEVE INICIO EM 1964,

GENTE,
SÓ TERMINOU EM 1985.

GENTE,
O REGIME DA DITADURA MILITAR
MATOU MUITAS PESSOAS: MULHERES E HOMENS.

GENTE,
O REGIME DA DITADURA MILITAR
TORTUROU MUITAS
PESSOAS: MULHERES E HOMENS.

GENTE,
O REGIME DA DITADURA MILITAR
DEU SUMIÇO A MUITAS PESSOAS: MULHERES E HOMENS.

GENTE,
NO REGIME DA DITADURA MILITAR
HOUVE ESTADO
DE EXCEÇÃO.

GENTE,
NO REGIME DA DITADURA MILITAR
HOUVE UMA RUPTURA COM A DEMOCRACIA.

GENTE,
VAMOS ESTUDAR
PARA ENTENDER
QUE MULHERES E HOMENS
TÊM DE SER LIVRES PARA SONHAR
UM MUNDO MELHOR PARA TODOS OS BRASILEIROS
E TODAS AS PESSOAS: MULHERES E HOMENS DO MUNDO.
Fatima Nascimento

Belém, 29 de janeiro de 2019

BRUMADINHO
A barragem solta, outra vez, DERRAMA,
em MINAS,
REJEITO, LAMA da ganância
De terra, ouro, FERRO,
Ferra, MATA
Homens e Natureza.
Fatima Nascimento

Belém, 10 de dezembro de 2018

Aniversário de Clarice Lispector (10/12)
A voz
Escutai essa voz,
Primeiro grito
Da vida que segue e dói
Neste novo dia.
Fatima Nascimento

Belém, 5 de dezembro de 2018

Tatuados
Para Giulliana e Héber
Os tatuados,
Marcados,
Caminham juntos
Nesse mundo
Hostil.

Este que eles
não entendem
e tatuam
seus Corpos
para serem vistos
com tintas coloridas
e a Dor
que ainda ressoa
No Corpo
Em busca de Amor
não entendido
pelos Homens.
Fatima Nascimento

Belém, 2 de dezembro de 2018

OPÇÕES
Meu coração chora de dor
Entre a Esperança e o Amor
Tantas mentiras injuriam
Amor e Liberdade
Que olvidam nos desvãos
Das palavras
De ódio e matança
que lesam a Alegria.

Meu coração chora de dor
Entre a Esperança e o Amor
Por ti, por mim, por nós
Nesses dias nefastos
De ódio e matança
Que renascem corrompidos
Com palavras de ordem
Dos aflitos tempos passados
Que as mulheres esqueceram
E as crianças não viram.

Meu coração chora de dor
Entre a Esperança e o Amor
Por ti, por mim, por ELES, por nós
Que choramos a dor
Da desesperança e desamor
Das palavras
Interdição
Subordinação
Submissão
Imposição
Coação
Coerção
Reclusão
Infensas à Liberdade.

Meu coração chora de dor
Entre a Esperança e o Amor
AMOR
Maior
Mais forte
Ardente
De Paixão
Pelo retorno
Da Alegria.
Fatima Nascimento

Belém, 1 de dezembro de 2018

Vulcão
O Vulcão acordou
Expelindo fogo e lava
Para o Azul do céu
Fatima Nascimento

Belém, 29 de novembro de 2018

Menina
A Menina pisa indecisa
O chão de pedregulhos
Na noite da Cidade

Soam nos Sapatos
Barulhos
Nunca esquecidos

Brota com ímpeto
De Vulcão
Adormecido
O Amor
Que sempre volta.
Fatima Nascimento

Belém, 24 de novembro de 2018

Estrangeira
Ando solitária
Como uma estrangeira
Vivendo esse grande amor
Fatima Nascimento

Belém, 13 de novembro de 2018

Saudade
Pensando em ti
Coração aflito
Essa saudade
Tão de repente
Faz-me sofrer.
Fatima Nascimento

Belém, 11 de novembro de 2018

Mar
Longe de ti
olho tua foto
calada pensando
como um rio correndo em busca do mar.
Fatima Nascimento

Belém, 7 de novembro de 2018

Sonho
Sonhei acordada
Com um amor distante
Que dormia num barco
Fatima Nascimento

Belém, 28 de outubro de 2018

O homem
O homem pensa
O amanhã promissor
Num dia solitário
Fatima Nascimento

06/05/2018

Nossa Belém

A Belém nossa de cada dia,
Amada!
Tão diferente das outras cidades grandes!
Mas
Em todas residem humanos
Bichos e plantas.
Porém, contudo...
Os humanos nascem
Crescem
Comem,
Andam,
Pensam...
Falam,
Morrem.
A Belém nossa de cada dia,
Desamada!
No trânsito linguagem e fala dos humanos
Perde-se a nitidez e muitos não entendem
Que a cidade morre a cada dia
Junto com os humanos, bichos e plantas
Que não percebem sua própria morte.
Fatima do Nascimento

06/02/2018

Inverno
Belém inundada
Pessoas desabrigadas
Repete-se a cena
Fatima do Nascimento

07/03/2017

Água iluminada
O Pôr do Sol de Belém
Na Estação das Docas.
Fatima do Nascimento

09/09/2017

A besta é fera

Cuidemos de nós todos
A besta anda solta!
Armada com caneta
Fura olho, fura braços, fura pernas...

Olhem com cuidado
Os indígenas!
As mulheres, os homens!
Os rios, as florestas...
A besta anda solta!

Humilhados...
Cabisbaixos reclamam
Nossa A-ma-zô-nia...
Nos facebooks, nos whatsApps...
Nas hashtags, nas músicas!

Ruas caladas...
Diante do nosso grito!
A besta anda solta!
Prendam a besta...
Prendam a besta...
Fatima do Nascimento

03/09/2017

Para Socorro Barbosa

A Chuva
A chuva vem e vai
Molhando Belém
Que de tão só
Repete a cena todos os dias...
Para ser lembrada
Por esse feito singelo
Que abranda a terra
Com seus pingos...
Fatima do Nascimento

08/08/2017

"Ai minha mãe"
Dói-me dizer-te
Que me fazes falta.
Fatima do Nascimento

03/08/2017

Agosto
O Brasil bate tambores
Mas não há Setembro
Nem Primavera
O Povo agoniza
Com mais um assalto!
Fatima do Nascimento

19/12/2016

A chapecoense chegou
O choque em terra
A notícia dolorosa do jogo.
Fatima do Nascimento

24/6/2016

Travessia Humana
A Parlamentar Inglesa
Queria justiça!
Mas um homem endiabrado
À luz do dia
Com facadas e tiros
Matou-a!
Diante dos olhos do mundo
Que assistem calados a cada dia
A travessia dolorosa
De outros homens
Que caminham para a morte!
Fatima do Nascimento

16/5/2016

A tempestade
Derrubou muitas árvores
Ficaram as sementes que nascem!
Fatima do Nascimento

09/4/2016

O sonho, o sono...
A água bebida
A madrugada.
Fatima do Nascimento

06/4/2016

A insônia, a noite
O dia longo
Mal dormido.
Fatima do Nascimento

25/3/2016

A solidão, o pensamento...
O telescópio, o céu
Um homem sonhava...
Fatima do Nascimento

06/3/2016

Nas águas de março
Ressurge o toró
Regando plantas e rios.
Fatima do Nascimento

02/3/2016

Do céu as nuvens desabam
A água corre no chão
Velozmente procurando caminho.
Fatima do Nascimento

17/2/2016

Ao Benilton Cruz
O avião decolou
Estamos aflitos com o voo
Do pássaro.
Fatima do Nascimento

13/2/2016

Trovoadas de verão
Inundou o Rio
Que seca lentamente...
Fatima do Nascimento

07/2/2016

Para Deusa Cristina
O rio longo secou
A dupla maré
Chega na hora certa.
Fatima do Nascimento

11/10/2015

À minha Mamãe!
O carro, o milagre
Círio de Nazaré
Pessoas andam rezando!
Fatima do Nascimento

10/05/2015

Às Mães
A mulher grávida
Vendendo flores
É dia das Mães!
Fatima do Nascimento

08/05/2015

Aos meus amigos
Amizade vasta
Sem economizar
Anos a fio sempre
Fatima do Nascimento

03/05/2015

Branca rosa e lilás
Amor dos homens
A Flor que muda de cor!
Fatima do Nascimento

13/04/2015

Ao Padre Francisco
Florada de outono
As folhas caem
Frutos nascerão verdes
Fatima do Nascimento

10/03/2015

Pardais amarronzados
Voam pulando
Mariscando na terra
Fatima do Nascimento

27/02/2015

A cigarra cantava
Era outono
Folhas caíam no chão.
Fatima do Nascimento

25/02/2015

Chuva branda cai do céu
Lágrimas caindo
Reservatórios secam.
Fatima do Nascimento

19/02/2015

Ao Hugo Lenes
Caminho e sonho
Rio e mar vão
Nós retornamos sempre
Fatima do Nascimento

01/06/2014

Para Suzi Sperber
Painas da sumaúma
voam sem rumo
semeando a vida
Fatima do Nascimento